BRANDA
Verde descendo bravio
no uivo do rio, no pasto da lã,
quão brando és no tempo vertido
jorrando vencido da pedra pagã?

Consolo acalentando o olvido
do Éden perdido por uma maçã
amansa o trote indefinido
do vento vadio varrendo a manhã.

Soldado acendendo pelo estio
ardente pavio ao tardio sol-pôr,
tropeça no bosque sombrio
ao viço aguerrido cedendo penhor.

Verdura que és olmo, pinheiro,
alfazema, urze, azevinho, hortelã
arreda o fogo maninho
do vergel, do linho, da paz aldeã.
.
A paz se mantendo na branda anciã.