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- Dos lugares -


A primeira vez que visitei Marvão, há mais de dezoito anos, achei a vila tão branca e limpa que me descalcei e foi de pés nus e coração rejubilante, que calcorreei aquelas vielas de pedra alabastrina. Chegara de manhãzinha e até as sombras eram luminosas. Continua assim como me lembrava dela: bela, alva e sobranceira. Desta vez, quando a avistei, já o sol se recolhera...

Gostei muito de voltar, só foi pena termos encontrado todos os restaurantes fechados, dado o adiantado urbano burguês da nossa hora de chegada e o orgulho teimoso de quem se cumpre ao gozo em glosa de tradição: «tente mais abaixo ou mais acima...quem sabe...?» dito com a expressão evidente de que a esta hora, dentro das muralhas, já não iríamos encontrar nada (!)

Mas quis o destino ser achado numa íngreme viela, não menos bela, e lá nos resolveram com que merendar e bebericar num tasquinho acolhedor. Sempre valerá a pena guardar de outrora esta ledice fácil de espontânea bem querença. Alvíssaras, pois!





Fotos do André

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